segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A EVOLUÇÃO DOS MEDIA

   No início do Século XX, a concentração da população Europeia nos grandes centros urbanos, a generalização do ensino e o desenvolvimento exponencial dos meios de comunicação fizeram surgir uma nova cultura: a cultura de massas.
    A cultura de massas, como o próprio nome indica, é uma cultura que pela sua simplicidade é acessível a toda a população. 
   Amplamente difundida pelos mass media, é típica das sociedades industriais do século XX. Sendo assim, a cultura tornou-se num bem industrial, seguindo um meio de produção estandardizada, o que provocou o consumo maciço dos bens culturais. Pelo seu sucesso, influenciaram e transmitiam valores e modos de estar que se impuseram como padrões culturais.
   Os meios de comunicação foram essenciais para o desenvolvimento da sociedade capitalista tal e qual como a conhecemos hoje.
   Dos meios de comunicação mais importantes podemos destacar a Rádio, o cinema e a imprensa que apesar de não terem sido criados no século XX, a sua maior evolução verificou-se, na primeira metade deste século, principalmente após a primeira guerra mundial. Mais tarde na segunda metade deste século surge a televisão e décadas depois a Internet.
   A melhoria das condições económicas e a difusão do ensino criaram condições propícias para o desenvolvimento da imprensa. Desta forma, a imprensa tornou-se acessível, utilizava frases curtas, um vocabulário simples e tornou-se substancialmente mais barata. O livro deixou de ser um símbolo das elites, democratizou-se tornando-se produto de consumo corrente e popular.
   Os jornais também sofreram alterações. Para atraírem leitores, encheram as suas páginas de histórias sensacionalistas, de títulos mirabolantes e de fotografias chocantes. Começaram a surgir, também, as páginas dedicadas ao desporto e as páginas “cor-de-rosa” (dedicadas especialmente ao público feminino).




O PRIMEIRO JORNAL PUBLICADO EM PORTUGAL
   O primeiro jornal português surge em 1641. Tinha o extenso nome de "Gazeta, em que se relatam as novas todas, que ouve nesta corte, e que vieram de várias partes no mês de Novembro de 1641". Já anteriormente se tinham divulgado notícias nas chamadas "relações", embora estas não oferecessem o carácter de periodicidade que define o jornal. As gazetas, ao invés, eram publicadas com regularidade.

O grande impulso do desenvolvimento do jornalismo em Portugal dá-se no século XIX.
Ø  Em coerência com os princípios da Revolução Liberal de 1820, procede-se à abolição da censura.
Ø  Promulga-se a primeira Lei de Imprensa (Carta-de-Lei de 4 de Julho de 1821).
Ø  A liberdade de imprensa é posteriormente consagrada na Constituição liberal de 23 de Setembro de 1822.
Ø  A 18 de Abril de 1835, publica-se pela primeira vez, na Ilha de S. Miguel (Açores), o diário Açoriano Oriental.
Ø  Diário de Notícias em 29 de Dezembro de 1864 - que inaugurou no país o sistema dos pequenos anúncios, podendo dessa forma ser vendido a baixo preço.
Ø  O Primeiro de Janeiro (1869), Jornal de Notícias (1888), Jornal do Comércio (1853), O Comércio do Porto (1854) e O Século (1881), estes três últimos já desaparecidos.
Ø  É ainda durante o século XIX que surgem o Diário dos Açores (5 de Fevereiro de 1870) e o Diário de Notícias da Madeira (1876)



   Em Portugal, eram já muitos os que tentavam, às suas custas receber emissões, criando receptores
que na maioria dos casos não funcionavam. Mas em tudo há excepções, e um desses curiosos merece o
devido destaque, já que conseguiu ultrapassar e vencer a incompreensão e desânimo de muitos, até
chegar à montagem de uma verdadeira estação de Rádio.


   Abílio Nunes dos Santos foi esse homem. Dirigiu a estação que passaria à história sob a denominação
CT1 AA. O seu esforço valeu bem a pena já que este projecto viria a ser desenvolvido e prosseguido
por Américo dos Santos, que conseguiria constituir uma das mais populares estações emissoras na
altura: A Rádio Graça.



A RADIO EM PORTUGAL


   Em Portugal, eram já muitos os que tentavam, às suas custas receber emissões, criando receptores
que na maioria dos casos não funcionavam. Mas em tudo há excepções, e um desses curiosos merece o
devido destaque, já que conseguiu ultrapassar e vencer a incompreensão e desânimo de muitos, até
chegar à montagem de uma verdadeira estação de Rádio.




   Abílio Nunes dos Santos foi esse homem. Dirigiu a estação que passaria à história sob a denominação CT1 AA. O seu esforço valeu bem a pena já que este projecto viria a ser desenvolvido e prosseguido por Américo dos Santos, que conseguiria constituir uma das mais populares estações emissoras na altura: A Rádio Graça.





 









A Televisão em Portugal


   Em Portugal, a televisão só começou a existir a partir de 1956 com o canal do Estado, a RTP, originando na altura um movimento geral das pessoas para os sítios públicos com televisão.




Grupo de pessoas reunidas para assistir
 à primeira emissão de televisão, a 4 de Setembro de 1956. (fonte: RTP)

                            Folhetos da RTP sobre o aparecimento da televisão em Portugal em 1956 (fonte: RTP)





Mantendo o atraso tecnológico em relação a outros países europeus, as emissões a cores só apareceram nos anos 80 e a televisão por cabo em 1994, pela ©Portugal Telecom. Em 1998, foi introduzida uma lei que possibilitou a criação de canais regionais, locais e temáticos pela televisão por cabo, permitindo aos operadores conceber os seus próprios programas.


Em Portugal, a televisão por cabo tem uma importância notável, uma vez que existem apenas quatro canais abertos, sendo os restantes fornecidos por um dos três operadores, que entretanto surgiram e que possibilitam transmissões para a televisão digital e que já oferecem funcionalidades interactivas.








O futuro da televisão




A EVOLUÇÃO DOS COMPUTADORES

Em 1890, o norte-americano Hermann Hollerith (1860-1929) desenvolve o primeiro computador mecânico. A partir de 1930, começam as pesquisas para substituir as partes mecânicas por eléctricas.




   O Mark I, concluído em 1944 por uma equipa liderada por Howard Aiken, é o primeiro computador electromecânico capaz de efectuar cálculos mais complexos sem a interferência humana. O computador mede 15 m x 2,5 m e demora 11 segundos para executar um cálculo.
   Em 1946, surge o Eniac (Electronic Numerical Integrator and Computer), primeiro computador electrónico e digital automático: pesa 30 toneladas, emprega cerca de 18 mil válvulas e realiza 4.500 cálculos por segundo.
   A invenção do transístor, em 1947, substitui progressivamente as válvulas, aumentando a velocidade das máquinas.


Os Computadores Pessoais

  
   O tamanho e o preço dos computadores começam a diminuir a partir da década de 50. Neste período, inicia-se a pesquisa dos circuitos integrados, os chips, responsáveis pela crescente miniaturização dos equipamentos electrónicos.
   Em 1974, a Intel projecta o microprocessador - dispositivo que reúne num mesmo chip, todas as funções do processador central – tecnologia que permite a criação do computador pessoal, ou microcomputador.
   O primeiro computador pessoal é o Apple I, inventado em 1976 pelos americanos Steve Jobs e Stephan Wozniak.






   Em 1981, a IBM lança o seu PC (Personal Computer), que se torna um sucesso comercial. O sistema operacional usado é o MS-DOS, desenvolvido pela empresa de softwares Microsoft.




Primeiro IBM PC




   O Pentium, que surge nos anos 90, é actualmente o processador mais avançado usado em PCs.
   O único micro a fazer frente aos PCs é o Macintosh, lançado em 1984, que revoluciona o mercado ao promover o uso de ícones e do rato. No ano seguinte, a Microsoft lança a interface gráfica Windows, adaptando para os PCs o uso de ícones e do rato. O Windows só alcança sucesso a partir de 90, com a versão 3.0.
   A nova versão, lançada em 1995, totaliza 45,8 milhões de usuários registados pela Microsoft em Dezembro de 1996.
   Na década de 90 surgem os computadores que, além do processamento de dados, reúnem fax, modem, secretária electrónica, scanner, acesso à Internet e drive para CD-ROM. Os CD-ROM, sigla de compact disc read-only memory, criados no início da década, são discos a laser que armazenam até 650 megabytes, 451 vezes mais do que uma disquete (1,44 megabytes).
Além de armazenar grande quantidade de texto, o CD-ROM tem capacidade de arquivar fotos, vídeos e animações. Em 1996 é anunciado o lançamento do DVD (digital vídeo disc), que nos próximos anos deve substituir o CD-ROM e as fitas de videocassete. O DVD é um compactdisc com capacidade de 4,7 gigabytes (cerca de 7 CD-ROM). Segundo os fabricantes, terá a capacidade de vídeo de um filme de 135 minutos em padrão de compressão MPEG (tela cheia) e alta qualidade de áudio. Terá o mesmo diâmetro e espessura dos CDs actuais, mas será reproduzido em um driver específico, que também poderá ser ligado à televisão. Alguns CDs ROM são interactivos, ou seja, permitem que o usuário controle, à vontade, a navegação pelo seu conteúdo. Os computadores portáteis (laptops e palmtops), marcas da miniaturização da tecnologia, também se popularizam nos anos 90.







Inteligência Artificial

   Nesse final de século surge um novo ramo na informática, a inteligência artificial, que estuda métodos de simular o pensamento humano nos computadores com o objectivo de substituir o homem pela máquina em actividades mecanizadas.
  Alguns computadores já funcionam com modelos de raciocínio e comportamento humanos, auxiliando médicos em diagnósticos, praticando diversos jogos e compondo músicas. Entre eles está o Deep Blue, computador ultra veloz, com 256 unidades de processamento de dados (o normal é uma), fabricado pela IBM após cinco anos de pesquisas. Em 1996, o Deep Blue - capaz de analisar 200 milhões de lances por segundo em um jogo de xadrez - vence uma disputa com o campeão mundial de xadrez, o russo Garry Kasparov.
   Há também o COG, protótipo de robô que está sendo projectado e construído pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Sua forma é semelhante à do homem: tem cabeça, olhos e braços. O robô, cujo sistema nervoso artificial é 64 vezes mais potente do que um Macintosh, irá simular as fases de crescimento do homem, seus pensamentos e sentimentos.













































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